terça-feira, 15 de abril de 2008

Discofonia (12/13/14 Abril)

Camille-Kfir

Marta Hugon-
Story Teller

"Claro que sim, de alguma forma acho que a pessoa se revê nas canções, e se eu não me tivesse revisto de alguma forma nesta canção (Good Morning Heartache) (...). Eu acho que um cantor, quando escolhe uma canção, tem sempre isso em conta. Ou seja, uma coisa é nós escrevermos as nossas próprias letras, e isso é nosso, de outra forma... apesar de eu achar que a música, depois de a gente a fazer, ela ganha um bocadinho vida própria e é um bocado como eu me ouço às vezes e digo: é como se fosse outra pessoa! Sou eu mas ao mesmo tempo é outra pessoa a cantar. Quando se cantam coisas de outros compositores, que é o caso do repertório que está neste disco, e no primeiro também, a pessoa identifica-se com aquilo que está a cantar e por alguma razão o escolheu, não é? Senão, esse lado mais interpretativo e mais emocional que eu gosto de pôr nas canções não estava lá."

"São muitas coisas que estão em jogo mas eu acho que tem que haver sempre esse lado de representação, que também é aquilo que nos permite, mesmo vivenciando aquela experiência, manter o distanciamento necessário para entregar a canção de uma forma, vá lá, profissional, se assim quisermos. Ou seja, para manter a sua consistência, para que a música esteja acima, também, da nossa vivência pessoal, ou para que a nossa vivência pessoal não se sobreponha à música."

"Eu gosto de fazer música, independentemente... agora, de facto, é no jazz que eu posso fazer as coisas que realmente me preenchem. Eu gosto de cantar ao vivo, gosto deste trabalho com a banda, e isso com as outras músicas... acontece de outra forma, são outros processos de criatividade. São outras formas de criar."

Sem comentários: