domingo, 24 de fevereiro de 2008

Discofonia /16/17/18 Fevereiro)

Festival para Gente Sentada, Santa Maria da Feira, 2008.

Sean Riley & The Slowriders-
Lights Out
Norberto Lobo-
Cantiga da Ceifa
Nina Nastasia-
Late Night

Terry Lee Hale-
Hearts


Richard Hawley-Roll River Roll


Joe Henry-Loves You Madly

"Creio que o disco de colaborações soul, I Believe to My Soul, que criei... foi um projecto que desenvolvi, com o Allen Toussaint, a Mavis, a Irma Thomas, a Ann Peebles e o Billy Preston, foi para mim uma satisfação enorme, porque comecei com uma ideia e levei-a até ao fim, e foi uma viagem e tanto! Sinto-me muito orgulhoso por ter sido feito. Foi quase como realizar um filme, foi um caminho tão longo e envolveu tanta gente antes de se conseguir chegar ao fim... Mas todos os discos que fiz têm alguma vertente de que me orgulho. E tenho um orgulho especial no disco do Solomon Burke, Don't Give Up on Me, porque eu não era a escolha mais óbvia para produzir o disco, e a certa altura achei que não ia ficar com a produção... E fizémos uma coisa única, muito especial, com o Solomon- seguramente, em todo o caso, algo que ele nunca tinha feito antes. Não foi um projecto fácil mas foi bonito e tenho muito orgulho nele."

Joe Henry-Civilians
"As minhas canções não podem ser explicadas como se houvesse legendas num filme... Se houvesse uma forma mais directa, mais limpa, de dizer o que queria dizer, então teria escrito assim. Acho que, por vezes, há aspectos da vida tão obscuros e tão cheios de nuances, que têm que ser enfrentados da mesma forma. Se eu tivesse que resumir essa canção, diria que é sobre pessoas que tentam manter o equilíbrio nas suas vidas, entre as expectativas e a realidade. Que tentam enfrentar o facto de que a vida tem o seu próprio caminho e que não corresponde à forma como a imaginámos, ou sequer que conseguimos controlar esse caminho. E que todos temos que ter paz com o facto de que, a certa altura, há qualquer outra coisa que toma o controlo."

"(Trabalhar com o Ornette Coleman) foi uma experiência transformadora! Eu compreendo que a música dele seja difícil para algumas pessoas, mas podemos dizer o mesmo da música do Duke Ellington, do Erik Satie ou do Stravinsky. O Ornette não toca para soar difícil, ele apenas toca a música como a ouve. É um músico incrivelmente generoso e acho que as melodias dele são admiráveis... são muito espontâneas e podem ser complicadas para algumas pessoas mas, para mim, é alegria pura quando o ouço tocar. E tive imensa sorte que ele tivesse concordado em gravar comigo... a noite em que estivémos a trabalhar foi uma experiência de uma vida... o facto de ele ter acolhido o que eu estava a fazer e de não ter tocado nada por hábito... Ele estava realmente a tentar compreender que contribuição era necessária da sua parte, e eu fiquei-lhe grato, foi realmente espantoso. Acho que ele é um músico sem par, não há ninguém como ele. E a voz dele no saxofone é tão imediatamente reconhecível como a voz do Frank Sinatra. Ouvimo-lo tocar duas notas e sabemos que é ele, e acho que isso é um grande dom."

Joe Henry-
Richard Pryor Addresses a Tearful Nation

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